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Rua do Comércio 108-114

ENQUADRAMENTO

A Associação Viseense de Bombeiros Voluntários foi fundada em 1886. 

A falta de um Quartel-sede, bem situado e com capacidade para albergar todo o material e que permitisse um maior desafogo por parte dos sócios da Associação, na sua frequência diária, começou a preocupar os responsáveis. De facto, em 1920, as instalações eram tão exíguas, que o material era recolhido em dois locais: no Quartel propriamente dito, que se situava nos baixos da Casa Amarela, em Santa Cristina, mesmo à entrada da rua das Bocas e na Rua da Árvore, nos baixos da traseira da sede, que como se sabe, se situava na Rua Direita.

Esta preocupação, levou a Direção a assumir uma grande responsabilidade para tentar resolver o problema. No dia 11 de Abril de 1919, uma grande área de terreno situada entre as Ruas D. Duarte e do Comércio, mesmo no centro da cidade foi adquirida a Baltazar Pessanha de Faria Coutinho.

Em resultado de um sem número de espectáculos teatrais, corridas de touros, garraiadas, bailes e kermesses, peditórios e rifas, jogos de futebol e fitas de cinema, conseguiu erguer-se a obra, inaugurada a 12 de Junho de 1927.

Em finais dos anos 60, os Órgãos Directivos começaram a pensar na necessidade de se construir um novo Quartel. De facto, na estreita rua D. Duarte, o Quartel passa a ser um dilema, não só por ser já bastante acanhado para receber o material existente, como se transformou num preocupante problema as saídas rápidas dos pronto-socorros.

Em 16 de Fevereiro de 1970, a Câmara Municipal de Viseu deliberou ceder gratuitamente o terreno destinado à implantação do imóvel que se ergue na Rua José Branquinho e que actualmente se mantém como Quartel dos Bombeiros.

O edifício esteve arrendado a vários estabelecimentos comerciais.

 

PROGRAMA FUNCIONAL

A 12 de Julho de 2009 foi assinado publicamente um Acordo de Colaboração no qual os Bombeiros cederam o imóvel por um período de 25 anos, período que começou a contar depois da data de conclusão dos trabalhos de reabilitação.

A Câmara Municipal ficou obrigada a elaborar o Projeto de Reabilitação, proceder às respetivas obras e afetá-lo a serviços públicos (não podendo dar destino comercial ao imóvel ou dele tirar valorização por trespasse).

Em Agosto de 2009, a CMV delegou na Viseu Novo, o processo de reabilitação do edifício, com o único objetivo de integrar a sua reabilitação nos princípios da SRU.

 

DESCRIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DA PROPOSTA

Com a obra pretendeu-se revitalizar o edifício, bem como promover a regeneração da zona e ruas onde o mesmo se encontra implantado, pretendendo levar a população mais jovem até ao centro histórico da cidade.

O edifício tem uma área bruta de construção de cerca de 1056,00m2, com uma área de implantação de 264m2.

O imóvel encontrava-se devoluto, com exceção da loja que tinha acesso pela Rua do Comércio. Apresentava-se em considerável estado de degradação, inclusivamente com o piso do sótão em situação de pré-ruína.

Pretendeu-se que a intervenção assumisse um caráter reversível, mantendo algumas das caraterísticas funcionais.

Foi necessário dotar todo o edifício de infra-estruturas necessárias ao funcionamento do “ninho” de empresas, conforme candidatura aprovada.

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