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Rua João Mendes

ENQUADRAMENTO

A RUA JOÃO MENDES é popularmente conhecida como “Rua das Bocas”, facto este que se deve ao sistema construtivo de escoamento de águas pluviais da cobertura do edifício mais emblemático da rua (Casa das Bocas), que se faz através de gárgulas (bocas). 

Sabe-se também que esta artéria, considerada como uma via importante do tecido histórico da cidade, já foi conhecida por “Rigueira”,como consta do livro do Dr. Amorim Girão, “VISEU Estudo de uma Aglomeração Urbana” (1925).

Ao longo do século XV e XVI, a RUA JOÃO MENDES assumiu um papel importante na malha viária da cidade, sendo esta uma das primeiras ruas a serem construídas fora das muralhas medievais. 

Embora não apresentasse grande atividade económica, não deixava de ser um eixo importante que comunicava entre dois acessos ao centro histórico e saídas da cidade: “Rua da Árvore - Rua 5 de Outubro” e “Rua do Gonçalinho - Rua Simões Dias” que, na época, eram fortes eixos comerciais e com elevado fluxo populacional.

Uma vez que a zona fora de muralhas estava em expansão, algumas famílias começaram a construir algumas habitações, ladeando a rua. Do lado “Este”, a artéria fazia confrontação com a Quinta dos Pessanhas, que era uma forte presença na malha da cidade, pela sua dimensão e forte arborização e que se mantém até aos dias de hoje.

 

OBJETO DA PROPOSTA

Esta operação teve como objetivo a reabilitação da Rua João Mendes, através da melhoria dos pavimentos das ruas, dos passeios e das infraestruturas, como a rede de iluminação pública, de telecomunicações, de águas, de esgotos e de gás. 

O arruamento apresentava diversos conflitos relativamente à circulação pedonal e automóvel, tais como a inexistência de passeios em grande parte do troço da rua a reabilitar e o estacionamento desordenado em toda a sua extensão.

Assim, propôs-se a introdução de um novo desenho urbano, com melhoria do acesso pedonal e automóvel, bem como a limitação do estacionamento.

A intervenção desenvolveu-se desde a rotunda de Sta. Cristina até ao cruzamento com a Rua do Gonçalinho, numa extensão de cerca de 238 m e uma largura média entre os 5 m e os 8,70 m, para além de da extensão das diversas infraestruturas até à rotunda de Santo António, numa dimensão adicional de mais de cerca de 130m.

A obra pretendeu garantir:

» A melhoria do acesso aos edifícios;

» A circulação pedonal e automóvel diferenciada;

» O reforço da vocação de usufruição pedonal da área de intervenção;

»A definição de estacionamentos, incluindo estacionamento para utentes com mobilidade condicionada, viaturas de emergência, cargas e descargas e lugares de curta duração;

» A modernização de todas as infraestruturas obsoletas, incluindo a criação de adequada rede de apoio de combate a incêndios;

» O reforço da iluminação pública incluindo introdução de tenologia “led” e sensores de intensidade;

» A reabilitação do pavimento, através da reutilização do granito anteriormente existente;

» A introdução de arborização nas zonas possíveis;

» A introdução de Mobiliário Urbano (bancos e papeleiras);

» A recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos (substituição dos contentores de superfície por subterrâneos);

» A introdução de um passeio contínuo, do lado direito da rua, (no sentido do trânsito), desde o início da artéria até ao cruzamento com a Rua do Gonçalinho, com uma largura média de 1,60m, que garantisse uma melhor circulação, quer automóvel quer pedonal, aperfeiçoada pela diferenciação das zonas de circulação;

» A renovação do passeio existente, bem como a reorganização dos lugares de estacionamento automóvel.

 

Este projeto foi candidatado ao Aviso de Concurso Nº CENTRO-16-2018-05, referente à Prioridade de Investimento 6.5: “Adoção de medidas destinadas a melhorar o ambiente urbano, a revitalizar as cidades, recuperar e descontaminar zonas industriais abandonadas, incluindo zonas de reconversão, a reduzir a poluição do ar e a promover medidas de redução de ruído”, do Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020, tendo sido aprovado no dia 18 de setembro de 2018.

Operação com investimento total elegível de 543.401,63€, e a consequente dotação de FEDER de 461.891,38€ (taxa de 85%) e de 81.510,24€ de comparticipação nacional.

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