Veja todos os detalhes desta intervenção
Ruas Cónego Martins, Soar de Cima e Almeida Moreira
ENQUADRAMENTO
Durante o Séc. XIV, no reinado de D. João I, determinou-se a construção de uma nova muralha, para melhorar a capacidade de defesa da cidadela, sendo alargada de forma a contemplar algumas zonas extramuros, que vinham sendo ocupadas pelo crescimento da população, acrescentando-se alguma área, como forma de prevenir o futuro desenvolvimento da cidade.
Construída, sobretudo, no reinado de D. Afonso V, a cerca tinha 7 portas: do Soar (Santo António), de Cimo de Vila (S. José), de Santa Cristina, da Regueira ou de S. Miguel, do Arco, do Postigo (Nossa Senhora) e de S. Sebastião. Atualmente, ainda se encontram intactas, as portas do Soar e do Arco.
A intervenção pretende reabilitar as ruas Soar de Cima, Cónego Martins e Rua /Largo Almeida Moreira, uma vez que estas ruas apresentavam pavimentos com deformações e as infraestruturas encontravam-se obsoletas. Engloba a colocação de novas infraestruturas de abastecimento de água, drenagem de águas residuais, águas pluviais, rede de incêndios, iluminação pública, telecomunicações (ITUR), gás, instalação de tubagem para rede de informação CMV, instalação de sinalética de trânsito, alteração do pavimento e instalação de espécies arbustivas/arbóreas.
Da análise do espaço físico conclui-se como prioritário garantir as seguintes condições:
» Circulação automóvel e pedonal diferenciadas;
» Proteção e melhoria da acessibilidade pedonal aos edifícios;
» Reforço da vocação de usufruição pedonal da área de intervenção;
» Definição das zonas de circulação pedonal criando passeios em todos os arruamentos a intervir.
» Definição de estacionamentos de curta duração, cargas/descargas, utentes com mobilidade condicionada, bem como para bicicletas;
» Substituição de todas as redes de infraestruturas obsoletas, incluindo a criação de adequada rede de apoio ao combate de incêndios;
» Inclusão de caldeiras niveladas, por forma a introduzir áreas arborizadas.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A escolha dos materiais teve como prioridade conferir uma imagem unitária à intervenção, optando-se por reabilitar integrando a calçada existente, prevendo-se, por outro lado, novo mobiliário urbano e luminárias, assegurando-se, no entanto, a preservação das existentes.
Relativamente aos pavimentos pretende-se preferencialmente garantir a heterogeneidade de texturas e padrões, incluindo a reabilitação da calçada através da reutilização do granito existente (malhete) nas áreas de circulação automóvel, articulado com lajetas de granito amarelo e cubinho de calcário, criando um “desenho” que, para além dos aspetos estéticos e técnicos potencia o conforto do uso pedonal, nomeadamente nos atravessamentos.
Os passeios definidos serão executados com recurso a materiais diferenciados, nomeadamente o cubinho de calcário e basalto (definindo desenhos de continuidade com a área contígua) e cubinho e lajetas de granito amarelo.
A intervenção foi alvo de candidatura ao “Portugal 2020” (CENTRO-09-2316-FEDER-000034), através do Aviso de Concurso nº CENTRO-16-2016-02, relativo à Prioridade de Investimento 6.5 (6e): “Adoção de medidas destinadas a melhorar o ambiente urbano, a revitalizar as cidades, recuperar e descontaminar zonas industriais abandonadas, incluindo zonas de reconversão, a reduzir a poluição do ar e a promover medidas de redução de ruído”.
A operação tem uma adoção indicativa prevista no PEDU de Viseu, correspondente a um investimento total de 889.095,32€, do qual 868.596,50€ é elegível e o remanescente (20.498,82€) considerado não elegível, sendo a consequente dotação de FEDER de 738.307,03€ (taxa de 85,00%).